O ministro da Saúde do Brasil não é um temporal qualquer. É Temporão, um cara que não tem medo de dizer as coisas, nem mesmo quando contraria a santa mãezinha igreja, se mostrando favorável à legalização do aborto. José Gomes Tempestade, digo, Temporão, agora descobriu o remédio definitivo para a hipertensão e para os conseqüentes problemas do coração. Faz poucos dias, sua excelência, que era muito melhor candidato a presidente que essa tal de Dilma Bufet, recomendou aos brasileiros e brasileiras (aí já é coisa de Sarney): façam exercícios, dancem, se movimentem e sobretudo trepem... Opa! O ministro não disse isso. Ele não é vulgar. Em vez de usar essa palavra do mundiçal, Temporada, digo Temporão mandou fazer mais sexo, o que é a mesma coisa de trepar, só que esta última palavra é feia e politicamente incorreta. E trepar também pode ser outra coisa: pode ser subir num tamborete, numa escada, ou até escalar uma montanha. Fazer sexo não pode ter outra conotação: é isso mesmo que você está pensando, é seguir as ordens divinas, é acasalar com a fêmea para crescer e multiplicar.
Já tinha, por experiência própria, e às vezes até troco umas idéias a respeito com Viviane, minha namorada do bairro de São José, chegado a conclusão que sexo faz bem.
Sim, porque é comum encontrar a minha amada mal humorada, nervosa, como quem vai subir pelas paredes, xingando até os gatos e depois de uns amassos, uns beijinhos e os finalmente ela muda totalmente. Se pegar a sorrir, a cantar, alisa os cabelos, escova os dentes, lava o rosto e fica parecendo até mais nova e mais bonita.
Da mesma forma tem dia que chego do trabalho cansado, o stress mexendo com os neurônios e disposto a dar um fora na minha nega ou brigar sem motivo aparente. Ela vem com jeito, me faz um carinho, beija meu pescoço, provoca arrepios, se entrega dengosa e deixa eu extravasar tudo, tudinho, até quase desmaiar, tirar um cochilo e acordar depois com o astral lá em cima, capaz de enfrentar até o Serra e o Ciro juntos, nem que venham acompanhados da turma da pesada dos DEMônios.
Vamos porém mudar um pouco a linha dessa crônica, senão daqui a pouco os leitores estarão pensando que estou querendo falar da minha vida sexual ou escrever artigo pornô. Não senhor. O negócio aqui é sério e se pretende neste texto avaliar os conselhos do ministro José Gomes Temperada, digo, Temporão.
Foi sua excelência que puxou a conversa, não fui eu. E ele, com a autoridade e a responsabilidade que tem, não pode sair por aí dizendo besteira.
Se ele trabalha com o Cara, o número 1 e comanda no país a área da saúde, deve muito bem saber o que diz. Quando recomenda fazer sexo para combater a pressão alta deve ter o consenso da classe médica e receitar este remédio para o coração tendo testado e aprovado o mesmo.
Ainda mais que Temporão (até que enfim acertei o nome do homem de primeira) não disse para fazer uma vez por dia, nem duas. Receitou cinco vezes o bendito exercício, para deixar o sujeito de vez amolecido e com a pressão bem baixinha. Algo, como 4 por 6. Se funcionar como o ministrão acredita, acho que certos homens (ou mulheres) maltratados pela pressão alta daqui a pouco vão ter de comer pedras de sal. Porque se baixar demais (a pressão, minha amiga leitora) também é um perigo.
Só tem uma coisa, talvez uma dúvida na minha cabeça relacionada com esse conselho do Temporada. Quanto ao bem que o sexo faz, eu não tenho dúvida, como já deixei claro nos primeiros parágrafos. O medo que tenho é se todo mundo entrar nessa de se exercitar cinco vezes por dia. Porque desde pequeno sei que tudo de mais faz mal. Feijão e arroz, purê de batata, macarrão, café, sorvete, doce, ovo frito, queijo assado, lasanha, carne, suco, leite... Tudo isso pode ser saudável, mas se exagerar pode causar algum mal. Por que com o sexo seria diferente? Tenho um amigo, que não é médico, nem ministro, convencido dos benefícios de tomar água várias vezes ao dia. Segundo ele, pode tomar à vontade – oito, dez litros – que o líquido nunca irá ter fazer mal. Bom para os rins, o estômago, o fígado, a próstata (no caso do homem), o útero (no caso da mulher), o sistema urinário todo, a circulação, a digestão... Pelo que ele diz parece que é melhor do que sexo.
Não sei se é coisa da minha cabeça. Mas tenho a impressão que aos 20 anos eu atendia (mesmo que com um pouco de sacrifício) essa recomendação ministerial. Hoje em dia, ultrapassando os 44, acho difícil chegar lá. Temo seguir uma ordem médica dessas e simplesmente não levantar mais (da cama, querido leitor) ou então arrebentar a coitada da próstata, essa já um pouco sacrificada por uso excessivo.
Assim, embora respeite o Sr. Ministro e goste demais da brincadeira com a Viviane, eu prefiro por precaução fazer sexo no máximo três ou quatro vezes por semana e não mais do que uma vez por dia. Deixo os excessos para o pessoal mais moço, que nem precisam disso como remédio, pois normalmente não têm pressão alta nem outro problema de saúde.
Se eu fosse o Temporal tinha mais cuidado com as receitas. De repente um monte de gente morre aí querendo baixar a pressão e o que o ministro vai fazer? Vai é sofrer um monte de processo e tenho certeza que o Ministério Público não perdoará: tal como no caso da ponte vai acionar as testemunhas e sua excelência pode até parar na cadeia.
Com sexo não se brinca.
Sim, porque é comum encontrar a minha amada mal humorada, nervosa, como quem vai subir pelas paredes, xingando até os gatos e depois de uns amassos, uns beijinhos e os finalmente ela muda totalmente. Se pegar a sorrir, a cantar, alisa os cabelos, escova os dentes, lava o rosto e fica parecendo até mais nova e mais bonita.
Da mesma forma tem dia que chego do trabalho cansado, o stress mexendo com os neurônios e disposto a dar um fora na minha nega ou brigar sem motivo aparente. Ela vem com jeito, me faz um carinho, beija meu pescoço, provoca arrepios, se entrega dengosa e deixa eu extravasar tudo, tudinho, até quase desmaiar, tirar um cochilo e acordar depois com o astral lá em cima, capaz de enfrentar até o Serra e o Ciro juntos, nem que venham acompanhados da turma da pesada dos DEMônios.
Vamos porém mudar um pouco a linha dessa crônica, senão daqui a pouco os leitores estarão pensando que estou querendo falar da minha vida sexual ou escrever artigo pornô. Não senhor. O negócio aqui é sério e se pretende neste texto avaliar os conselhos do ministro José Gomes Temperada, digo, Temporão.
Foi sua excelência que puxou a conversa, não fui eu. E ele, com a autoridade e a responsabilidade que tem, não pode sair por aí dizendo besteira.
Se ele trabalha com o Cara, o número 1 e comanda no país a área da saúde, deve muito bem saber o que diz. Quando recomenda fazer sexo para combater a pressão alta deve ter o consenso da classe médica e receitar este remédio para o coração tendo testado e aprovado o mesmo.
Ainda mais que Temporão (até que enfim acertei o nome do homem de primeira) não disse para fazer uma vez por dia, nem duas. Receitou cinco vezes o bendito exercício, para deixar o sujeito de vez amolecido e com a pressão bem baixinha. Algo, como 4 por 6. Se funcionar como o ministrão acredita, acho que certos homens (ou mulheres) maltratados pela pressão alta daqui a pouco vão ter de comer pedras de sal. Porque se baixar demais (a pressão, minha amiga leitora) também é um perigo.
Só tem uma coisa, talvez uma dúvida na minha cabeça relacionada com esse conselho do Temporada. Quanto ao bem que o sexo faz, eu não tenho dúvida, como já deixei claro nos primeiros parágrafos. O medo que tenho é se todo mundo entrar nessa de se exercitar cinco vezes por dia. Porque desde pequeno sei que tudo de mais faz mal. Feijão e arroz, purê de batata, macarrão, café, sorvete, doce, ovo frito, queijo assado, lasanha, carne, suco, leite... Tudo isso pode ser saudável, mas se exagerar pode causar algum mal. Por que com o sexo seria diferente? Tenho um amigo, que não é médico, nem ministro, convencido dos benefícios de tomar água várias vezes ao dia. Segundo ele, pode tomar à vontade – oito, dez litros – que o líquido nunca irá ter fazer mal. Bom para os rins, o estômago, o fígado, a próstata (no caso do homem), o útero (no caso da mulher), o sistema urinário todo, a circulação, a digestão... Pelo que ele diz parece que é melhor do que sexo.
Não sei se é coisa da minha cabeça. Mas tenho a impressão que aos 20 anos eu atendia (mesmo que com um pouco de sacrifício) essa recomendação ministerial. Hoje em dia, ultrapassando os 44, acho difícil chegar lá. Temo seguir uma ordem médica dessas e simplesmente não levantar mais (da cama, querido leitor) ou então arrebentar a coitada da próstata, essa já um pouco sacrificada por uso excessivo.
Assim, embora respeite o Sr. Ministro e goste demais da brincadeira com a Viviane, eu prefiro por precaução fazer sexo no máximo três ou quatro vezes por semana e não mais do que uma vez por dia. Deixo os excessos para o pessoal mais moço, que nem precisam disso como remédio, pois normalmente não têm pressão alta nem outro problema de saúde.
Se eu fosse o Temporal tinha mais cuidado com as receitas. De repente um monte de gente morre aí querendo baixar a pressão e o que o ministro vai fazer? Vai é sofrer um monte de processo e tenho certeza que o Ministério Público não perdoará: tal como no caso da ponte vai acionar as testemunhas e sua excelência pode até parar na cadeia.
Com sexo não se brinca.
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