Dunga é o técnico da seleção brasileira. Entende pra caralho de futebol. Tanto que no cargo já conquistou vários títulos e tem tudo para trazer o hexa para o Brasil. Eu não sabia era que o ex-jogador tinha também mestrado em História e Ciências Políticas. Pois não é que o treinador surpreendeu o Brasil inteiro com seus conhecimentos na área de ciências humanas.
A descoberta da genialidade do Dunga dos sete anões aflorou no dia em que ele anunciou os jogadores de seleção escolhidos para disputar a Copa da África do Sul. Pra começo de conversa ele dispensou Adriano, quase tão gordo quanto Ronaldo; fez o mesmo com Ronaldinho Gaúcho, cada dia mais feio; e ignorou completamente o clamor nacional por Ganso e Neymar (tudo isso só porque jogam bonitinho no simpático time do Santos?).
Ora, deve ter imaginado o Dunga dos sete homens baixinhos com os seus botões: “Seleção não é lugar de magricela, de cai-cai, de dentuço e muito menos de pato, ganso, marreco ou qualquer outro bicho dessa espécie”. Assim, preferiu mesmo foi o lápis grafite, pois também não confia nem um pouco nessas tais de canetas bic.
Encerrada esta parte, diríamos assim, mais futebolística, vem o melhor do Dunga dos sete anões. Não me explicaram ainda porque o assunto da escravidão e da ditadura entrou na entrevista, já que o cara é técnico de futebol. O fato, porém, é que meteram esses temas no ping pong e o ex-jogador tirou de letra: matou no peito, fez duas embaixadas com a cabeça, esquentou o cérebro e arrematou de esquerda fazendo um golaço.
Como? Ou cuma, para homenagear aqui o Renato Aragão...
O treinador que vai dar o hexa ao Brasil disse que não se pode saber se a escravidão ou a ditadura eram ruins. Na sua concepção, é preciso ter vivido aquele tempo para saber se prestavam ou não. É isso mesmo, Dunguinha, você está certo: como vou saber se levar um tiro é ruim, se nunca levei um? Só testando, não é, caro amigo? E como diabos se pode saber se morrer é ruim ou bom? A gente só vai saber quando morrer, não é mesmo?
Os livros de história do antigo curso primário, os filmes, as novelas, até os gibis contam que os escravos eram chicoteados, acorrentados, submetidos a todo tipo de castigo. Toda criança sabe disso. Mas segundo a filosofia do Dunga não se pode saber se isso é bom ou ruim. Quem sabe a negrada gostava de apanhar, não é treinador?
Da mesma forma, durante a ditadura a gente não podia escrever como está fazendo agora. Três pessoas falando de política já dava cadeia. Muitos foram levados até um instrumento chamado pau de arara e foram torturados, levaram choques nos cunhões, murros no rosto, mulheres tiveram cabelos arrancados, levaram chutes na barriga, às vezes até estavam grávidas. Centenas foram presos, sofreram nas mãos dos carrascos e muitos foram mortos por “enforcamento”, como o jornalista Vladimir Herzog.
Mas como vamos saber se essas coisas eram boas ou ruins? Não vivemos essas situações, não estávamos lá. Deus, que dúvida o Dunga levantou e agora não sei onde está minha cabeça. Tenho vontade de me acorrentar, de provocar policiais pra levar porrada, de ficar sem comer, sem beber água durante dias... Só pra ver se tudo isso é bom ou ruim.
O mundo tá muito conturbado. Mesmo com Lula fazendo um acordo daqueles no Irã, nas cidades grandes brasileiras a mantança está muito grande. São crimes cometidos por nada. Um homem manda despachar outro até por ciúmes, por conta daquele bicho que a mulher tem entre as pernas, como ocorreu há pouco em Lajedo.
Eu acho o Dunga dos sete anões profundamente filosófico. Ele é shekespereano. Ser ou não ser, eis a questão. Romeu e Julieta. Hamlet, Otelo, Macbeth... Acho que depois de ganhar a Copa do Mundo o ex-jogador vai escrever, ou dar palestras, interpretar por aí as obras do dramaturgo inglês.
Pode vir para Garanhuns também e aqui faria um ótimo serviço se unindo aos promotores que investigam o curioso caso da ponte do sítio Baraúnas. Afinal de contas, como a gente vai saber se esse negócio foi bom ou ruim para o município, se a gente não participou de nada?
Eu acho o Dunga um arretado e quem sabe bom mesmo era no tempo da escravidão.
Deus, ainda bem que eu tenho a Viviane!
A descoberta da genialidade do Dunga dos sete anões aflorou no dia em que ele anunciou os jogadores de seleção escolhidos para disputar a Copa da África do Sul. Pra começo de conversa ele dispensou Adriano, quase tão gordo quanto Ronaldo; fez o mesmo com Ronaldinho Gaúcho, cada dia mais feio; e ignorou completamente o clamor nacional por Ganso e Neymar (tudo isso só porque jogam bonitinho no simpático time do Santos?).
Ora, deve ter imaginado o Dunga dos sete homens baixinhos com os seus botões: “Seleção não é lugar de magricela, de cai-cai, de dentuço e muito menos de pato, ganso, marreco ou qualquer outro bicho dessa espécie”. Assim, preferiu mesmo foi o lápis grafite, pois também não confia nem um pouco nessas tais de canetas bic.
Encerrada esta parte, diríamos assim, mais futebolística, vem o melhor do Dunga dos sete anões. Não me explicaram ainda porque o assunto da escravidão e da ditadura entrou na entrevista, já que o cara é técnico de futebol. O fato, porém, é que meteram esses temas no ping pong e o ex-jogador tirou de letra: matou no peito, fez duas embaixadas com a cabeça, esquentou o cérebro e arrematou de esquerda fazendo um golaço.
Como? Ou cuma, para homenagear aqui o Renato Aragão...
O treinador que vai dar o hexa ao Brasil disse que não se pode saber se a escravidão ou a ditadura eram ruins. Na sua concepção, é preciso ter vivido aquele tempo para saber se prestavam ou não. É isso mesmo, Dunguinha, você está certo: como vou saber se levar um tiro é ruim, se nunca levei um? Só testando, não é, caro amigo? E como diabos se pode saber se morrer é ruim ou bom? A gente só vai saber quando morrer, não é mesmo?
Os livros de história do antigo curso primário, os filmes, as novelas, até os gibis contam que os escravos eram chicoteados, acorrentados, submetidos a todo tipo de castigo. Toda criança sabe disso. Mas segundo a filosofia do Dunga não se pode saber se isso é bom ou ruim. Quem sabe a negrada gostava de apanhar, não é treinador?
Da mesma forma, durante a ditadura a gente não podia escrever como está fazendo agora. Três pessoas falando de política já dava cadeia. Muitos foram levados até um instrumento chamado pau de arara e foram torturados, levaram choques nos cunhões, murros no rosto, mulheres tiveram cabelos arrancados, levaram chutes na barriga, às vezes até estavam grávidas. Centenas foram presos, sofreram nas mãos dos carrascos e muitos foram mortos por “enforcamento”, como o jornalista Vladimir Herzog.
Mas como vamos saber se essas coisas eram boas ou ruins? Não vivemos essas situações, não estávamos lá. Deus, que dúvida o Dunga levantou e agora não sei onde está minha cabeça. Tenho vontade de me acorrentar, de provocar policiais pra levar porrada, de ficar sem comer, sem beber água durante dias... Só pra ver se tudo isso é bom ou ruim.
O mundo tá muito conturbado. Mesmo com Lula fazendo um acordo daqueles no Irã, nas cidades grandes brasileiras a mantança está muito grande. São crimes cometidos por nada. Um homem manda despachar outro até por ciúmes, por conta daquele bicho que a mulher tem entre as pernas, como ocorreu há pouco em Lajedo.
Eu acho o Dunga dos sete anões profundamente filosófico. Ele é shekespereano. Ser ou não ser, eis a questão. Romeu e Julieta. Hamlet, Otelo, Macbeth... Acho que depois de ganhar a Copa do Mundo o ex-jogador vai escrever, ou dar palestras, interpretar por aí as obras do dramaturgo inglês.
Pode vir para Garanhuns também e aqui faria um ótimo serviço se unindo aos promotores que investigam o curioso caso da ponte do sítio Baraúnas. Afinal de contas, como a gente vai saber se esse negócio foi bom ou ruim para o município, se a gente não participou de nada?
Eu acho o Dunga um arretado e quem sabe bom mesmo era no tempo da escravidão.
Deus, ainda bem que eu tenho a Viviane!
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