contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
teus pequenos pés duros.
Eu sei que te sustenta
que teu doce peso sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios,
a duplicada purpurados teus mamilos,
a caixa dos teus olhos
que há pouco levantaram voo,
a larga boca de fruta,
tua rubra cabeleira,
pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
é só porque andaram
sobre a terra e sobre
o vento e sobre a água,
até me encontrarem.
(Publicado no Blog de Carlito Lima/Alagoas).
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