Mesmo antes do Maracanã, os dois já iam juntos ao futebol. Sem falar nas peladas de sábado, que jogavam desde os tempos de universidade.
A amizade de tantos anos, as emoções do esporte estavam acabando ali, com a morte do companheiro.
— Zé, vou sentir uma falta de você, Zé. Mas ainda te peço um último favor, mesmo depois de você morrer. Eu preciso saber se tem futebol nesta tal vida depois da morte, Zé, você me conta?
— Está bem, prometo que assim que morrer volto e te conto.
Quinze dias depois de Zé morrer, Jorge é acordado por uma luz brilhante no meio da noite:
— Zé, é você?
— Sou eu sim, Jorge.
— Então, Zé, tem futebol na vida eterna?
— Bem, tenho boas e más notícias do Além.
— Quais são as boas?
— Bem, existe futebol na vida eterna.
— Ótimo, que bom. E quais são as más notícias?
— Te escalaram na ponta-direita pro domingo que vem.
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