sábado, 10 de setembro de 2011

VIVIANE E PAULA FERNANDES NA ARENA UAU!

Ou levava a Viviane pra o xou da Paula Fernandes ou ela acabava com o nosso delicioso amancebo. Tive de me endividar e vender uma televisão velha de 14 polegadas na feira do passarinho para arranjar a bufunfa. Mas saímos, ela e eu, às 8 da noite no táxi da São Cristóvão para a tal arena uau. Minha loira botou uma saia que quando sentou no assento do ônibus até o motorista perdeu a concentração. Por sorte não ocorreu um acidente de graves proporções, logo ali, perto do posto da Polícia Rodoviária Federal, que fica quase em frente ao futuríssimo Shopping Center Garanhuns. Eu saquei do guarda roupa uma calça social que não uso há 10 anos, misturei com uma camisa social dos tempos em que vovó era viva e calcei sapatos marrons e meias esverdeadas, combinando com a camisa. Quando chegamos no ponto, pra Viviane descer do táxis gigante foi outro quase-escândalo. Todo mundo querendo olhar e eu com cara de palhaço, lembrando dos grandes sucessos de Reginaldo Rossi. Adentramos a Arena Uau depois de alguns minutos de fila (ainda era cedo) e ficamos ali pelo salão, olhando abestados para os camarotes dos grã-finos. Foi até bom a gente não conseguir entrar na área dos ricos como pilantras, porque com aquela saia minha namorada ia ser o centro das atenções. Ela e eu. Ela por conta das coxas escandalosamente gostosas e eu por ser o trouxa, por estar enrabichado de uma mulher que anda mostrando o fundo das calças. Meu Deus que foi que eu fiz para merecer esse castigo.
O tempo foi passando, foi passando e só depois de duas dançadinhas meio sem jeito, duas coca colas com limão, duas coxinhas no capricho e quatro mijadinhas no banheiro imundo da Arena Uau foi que tivemos a esperança de ver a musa de Roberto Carlos, rei da juventude desde que o Brasil foi descoberto. Quando a cantora subiu no palco, não sei se foi de escada rolante ou teleférico, eu tive um susto e senti um alívio no peito. Juro que a saia dela era mais curta do que a da Viviane. Ficou tudo quanto é macho, embaixo do palco, embabascados, sem entender uma palavra do que ela cantava, mas tudinho pensando em como devia ser bonita e cheirosa a pequena flor entre as pernas daquela matutinha hoje tão famosa.
 Foi bom. Ninguém olhou mas para a Viviane e pude assistir o xou em paz. Minha amada idolatrada salve salve gritava como uma histérica, parecendo as fãs do padre Fábio de Melo. Cantava todas as músicas e não sei o que deu nela pra aprender as letras, pois a galega sempre teve um cérebro de ervilha.
 Nós finalmente voltamos pra casa felizes que só dois pombinhos ricos quando saem de igreja de véu e grinalda (ele de paletó azul marinho). Tava um tesão da gota e cuidei de fazer o certo: arranquei a saia do pecado e mandei a Viviane ter vergonha. Ela disse: Ai! E foi aí também que esqueci o xou e a voz de macho da menina das Sete Alagoas.

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