Tô gostando do governo de Dilma Cachete. Não discursa em excesso, demitiu até agora todos os corruptos que apareceram e deixa claro que tem vaga pra mais. Já esteve em Caruaru, vendo aqueles bonequinhos de barro da família de Vitalino, passou por Arapiraca, a terra do tabaco, mas em vez de enfiar o rolo de fumo no povo, como era costume, avançou mais uns milímetros no seu programa de acabar com a miséria. Tem gente que não liga pra isso, principalmente os burgueses que comem do bom e do melhor tanto em casa quanto no restaurante Relojoeiro. Pode não marcar as horas, contudo dizem ter uma comida boa danada. Não conheço, só vou com a Viviane lá no Braz ou em Mané do Caldo.
Dona Dilma, porém, tá certa em querer por um fim no miserê. Só quem sabe o que é fome é quem vai dormir com a barriga roncando e acorda soltando vento porque o estômago ta cheio de pipoca de 10 centavos.
Pobreza não é doença, ninguém tem culpa, mas que é ruim é. Por falta de dinheiro se adoece mais, fica os meninos andando nu pelas ruas de terra, a barriga cheia de lombriga e os cabelos coçando por conta dos piolhos. Mulheres sem dentes na boca, velhos andando sem agasalho em plena noite do Magano e os trabalhadores sem poder pagar ao menos uma passagem dos confortáveis coletivos São Cristóvão.
Tem muita pobreza em Garanhuns, no Caetano, na Capoeira, no São Bento, em Arapiraca (esse nome é meio jocoso, não acham?), nas terras de Caruaru e nas favelas do Recife e adjacências.
Dilma precisa levar esse programa adiante pra que todo mundo vire no mínimo classe média. Assim todo mundo vai poder ter um vestido ou calça bonita, adquirir um carrinho, comprar um vinho no Bonanza, dar um trato no salão de beleza, assistir um filme no Eldorado e passar uma noite num dos 18 moteis da região.
Sou a favor da erradicação da miséria e aprovo inteiramente a safadeza. Viviane sabe disso.
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