segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

VIVIANE NO FESTIVAL DE JAZZ

Viviane está ficando erudita. Este ano não deseja ir ver o Galo da Madrugada, nem passar o carnaval em Tamandaré ou em São João. Minha amada idolatrada salve, salve, pretende ficar por aqui mesmo para assistir compenetrada o Festival do Jazz. Imagine que ela até outro dia só ouvia Reginaldo Rossi e Amado Batista vibrando com Kenny Bronca e a guitarra de Robertinho do Recife. Ela não vai sair da cidade, acredito, por total falta de recursos. E assim aproveitará para assistir de graça na Praça Guadalajara esse festival, que não acabou ainda - foi ela que disse - porque não tem o dedo de Izaías Régua no meio.
- Viviane, não provoca - ouso advertir.
- E não é mesmo? Tudo que o deputado começa não vai pra frente. Cadê a escola de música, a Rádio Escola, a escola de pintura, o Festival de Música e Arte, o Festival da Jovem Guarda e o Espaço para os artesãos? Foi tudo pra o espaço seu Raul.
Como pedi e insisti ela deixou o assunto de lado e prometeu se comportar no Festival de Jazz. "Vou ficar calada, só tentando entender. Mesmo que sinta falta de um bom frevo, samba ou axé ficarei na minha. E quando todo mundo aplaudir vou bater palmas junto".
Terminadas as apresentações, a cada noite ela prometeu visitar comigo um ponto turístico de Garanhuns. Isso já perto da meia noite. Não está mal intencionada esta minha namorada? Acho que vai rolar o maior som.

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