Viviane torce pelo Santa Cruz e está muito satisfeita da vida porque seu time foi campeão pernambucano e disputa a série D (de dromedário) do Campeonato Brasileiro. E é casa cheia todo jogo seja o adversário o Porto de Caruaru ou o Alecrim do Rio Grande do Norte. Nunca tinha revelado aos meus 24 leitores mas a Vivi tem uma irmã, a Verônica, que é mais bonita do que a Paola Oliveira. Como beleza não tem nada a ver com gosto, a Verô torce pela Coisa. Só não é mais feliz da vida porque não foi hexa, que como se sabe é um luxo de poucos. Aí é que entro na história pois tive a desdita de ser escolhido para torcer pela Barbie dos Aflitos. Ou que aflição é gostar desse time. Imagina o que é ser campeão em perder penâltis numa só partida, só sendo superado pelos jogadores da seleção de Mano Menezes. E, pior, só sabe jogar 11 contra 11. Contra o Grêmio de Porto Alegre, anos atrás, expulsaram quase todo o time do Rio Grande do Sul e o Náutico endoidou. Só não levou uma goleada por falta de tempo. Nesta terça-feira, contra a Portuguesa, foi a mesma coisa. O juiz inventou de expulsar dois lusitanos sem muitos motivos para isso e terminou prejudicando tremendamente a equipe recifense. Os jogadores passaram a rodar, rodar, rodar... Parecia um peru procurando a morte às vésperas do Natal. Não conseguiram fazer um mísero gol e tem mais é de agradecer porque não tomaram nenhum dos portugueses de São Paulo. Aqui pra nós, a Vivi está melhor na série D, a Verô não tem muito do que reclamar do seu Leão, que fez o dever de Icasa, e eu tenho mesmo é que me pegar com o padroeiro de São Bento do Una, que é Jesus dos Pobres Aflitos. Haja sofrimento! Nem com uma boa noitada no Motel Paraíso com a minha namorada eu esqueço um negócio desses. Tive até pesadelos, mas o fato é que a bola não entrou. A culpa foi do juiz, se fosse 11 contra 11 só o Tikeza tinha marcado 4 para vingar aquela goleada no Canindé. Será por causa desse moleza, dessa frescura, desse incompetência que o pessoal da coisa chama o nosso time de Barbie?
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