Viviane
está no ritmo de campanha eleitoral. Embora não seja contra a Copa do Mundo e
vá torcer pelo Brasil, no mês de junho, a minha namorada está respirando
política dia e noite. “Eu adoro o fuleco, mas num tem coisa no mundo igual a votar”,
revelou a loira dos meus sonhos.
Para
governador ela já escolheu: vai votar em Armando Pinto do Monteiro e nem quer
ouvir falar do Paulo Cama. É que ela tinha um caldo de cana perto do beco do
fumo e um dia apareceu um fiscal querendo cobrar imposto. Não tem quem lhe
convença que o cobrador era da prefeitura. ‘Isso é coisa daquele cobrador de
Eduardo Campos”, repete minha deusa, feito um papagaio, numa coisa meio sem
lógica.
Para
deputado federal Vivi está indecisa sobre Jorge Corte do Real e Fernando Ferro.
“É capaz de eu ficar com o barbudinho de Bom Conselho pra gente ferrar a
burguesia de vez”, admitiu, flertando com o pensamento de Paulo Camelo, embora
não vote nele.
O
seu senador é João Paulo, que tem nome de papa e foi prefeito do Recife. “Esse
Fernando além de ser um coelho foi prefeito de Petrolina. Tem comparação
governar uma cidade do interior com a capital do meu Estado?”, argumenta em tom
de questionamento, sem que ninguém entenda a lógica do seu raciocínio.
Só
falta o estadual e ela espera pelo candidato do Iza que não alisa. Acha Audálio
muito calmo pra brigar por Garanhuns, mas prefere ele a Sirvino, que na sua
opinião deve ir cuidar de Aurora e esquecer política.
Apesar
dos olhos verdes de Eduardo, que acha lindos como o mar de Boa Viagem, Viviane
é petralha desde criancinha e irá ajudar Dilma a ter mais quatro anos de dores
de cabeça.
“Em
2018 eu ainda estou nova e possa ser que dessa vez eu vote em Eduardo”, explica,
revelando que no fundo tem uma quedinha pelo ex-governador de Pernambuco.
A eleição
vai ser boa. Melhor do que a Copa. É assim que pensa minha amada do bairro de São
José.
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