Talvez alguém, mesmo no meio dessa guerra política, envolvendo camelos, tubarões e cavalos de corrida, alguém tenha notado meu sumiço nos últimos 60 dias. Acontece que fui sequestrado, um tal de hacker (será que o nome do bandido é esse mesmo?), deletou meu broguinho e me escondeu em Caetés, num sítio, mesmo pertinho onde Lula quatro dedos nasceu.
Fiquei lá sem água, sem feijão, de 51 e o pior sem meu imenso amor, a Viviane. A saudade quase mata, ainda bem que surgiu um grupo de ciganos e me livrou de cativeiro. Passei por Paranatama, Saloá e seu parque aquático, comi beiju com os índios de Águas Belas e terminei fazendo o caminho de volta de revestrés, fazendo um pouso em Lajedo, onde admirei aquele Pirocão na entrada da cidade. Com pouco estava em Jupi, cidade de Dona Celina e na prefeitura arranjei um prato de sopa e cinco reais para retornar a o meu Garanhuns, que terrinha boa.
Cheguei e fui logo pra os braços da Viviane, minha eterna namorada, que eu vou amar pra sempre, mais até do que o Roberto Carlos que chora todo dia por Maria Rita.
Vivi estava chorando mais do que personagem de novela da Globo, quando me viu desmaiou, foi preciso dar 3 copos de garapa e quando ela se recuperou, caiu na real e viu que eu estava vivo e seco de dar dó aceitou o convite para relaxar num daqueles moteis da estrada de São João.
O que fizemos lá eu não conto a vocês, que é coisa íntima. Sei que é a melhor coisa do mundo, dá sentido a vida,dá sustança, como dizia minha vó falando de vitamina de banana prata.
Reabastecidos, felizes, fomos assistir um comício de Zé do Candieiro, só que tivemos azar, mesmo no meio das falas a luz apagou. Tem nada não, amanhã a gente liga o rádio e escuta as propostas do 31, imbora o Izaías Régua vá ganhar a inleição e já esteja na frente das pesquisas com mais dos seiscentos diabo, o que tá deixando uns caras aí, que se achavam grandes, pequeninhos, pequeninhos...
Estou de volta pro meu aconchegou. Coisinha boa é Garanhuns das tantas ladeiras e do buracão.